sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Árido

Ah, esse meu árido coração,
pulsa no peito quando subverto a razão.
Ah, esse seu olhar que ri
e esse seu vestido preto.
Som abafado que não decifro.
Ah, árido são meus os receios todos
os medos.
Ponto! 
Que aridez desvairada sertaneja essa.
Peste da moléstia que seca a boca,
troca as palavras exatas que deveria falar ao seu ouvido.
Sol que confunde a percepção e queima a pele. 
Terra rachada.
E seu olhar que sorri,
açude dos meus olhos.
Eu, mero pedaço de mato seco que anseia a chuva.
Balde d'agua que equilibro para não derramar.
T
  r
    opeço e derrama!
Caos de água solta.
Corre e espalha em mim. 
Toda aridez é passageira.





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