A lua pede e
olhar para ti, me impõe.
Contemplo a lua, caminhando por entre as quadras da sul, depois de ouvir La Yumba.
Nossa senhora do silêncio, nome dado por Pessoa à lua. Sem nome ainda, no entanto, o seu olhar.
Já pensei em mar, ternura, luar e outros tantos nomes bonitos, mas nada de sequer chegar perto de encontrar.
A lua explode no início da noite, seus raios iluminam a copa das árvores, cala o canto dos pássaros, brilha prateada nas águas dos riachos, lagos e rios. Reflete na retina de quem ousa mirar, mas a maioria das pessoas nem se dá conta.
Entre as nuvens, rompe a monotonia da escuridão.
Assim o seu olhar.
Silêncio...
Rompe a mesmice das paisagens todas, das salas de reunião cheia de caixas e das mesas de bar nas esquinas.
Contradiz a força da noite.
É a quietude que a lua pede e,
olhar para ti, me impõe.
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