Desprenda seus cabelos,
deixe que o vento escolha qual a melhor franja.
Desligue o celular por algumas horas,
perceba que o tempo ignora completamente o nome dos seus clientes nem nunca viu seu chefe na vida.
Levante um dia mais cedo,
compreenda que o sol comemora seu retorno com luzes psicodélicas, mesmo sabendo que amanhã fará tudo outra vez, assim como há milhares de anos.
Se concentre no olhar de um cão ou de um gato,
capte o brilho da alegria de um e mistério de outro.
Caminhe.
Busque o que está além do óbvio e do aparente.
Se esparrame numa rede.
Abra as janelas.
Entre na água.
Mergulhe.
Cante.
Encante.
Sorria e faça sorrir.
Pegue a estrada.
Leia Jorge Amado.
Ame e deixe ser amado.
Renda-se ao inexorável Senhor do Tempo.
Lembre-se do ensinamento de Casaldáliga: "relativize o que é relativo e absolutize o que é absoluto".
Talvez assim encontre um pouco de paz, em um mundo tão repleto de pequenos desesperos.
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