quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Ela

deu uma cartinha de amor para quem pensava ser a dona do sonho seu.
Sonho dormido e acordado.
Sonho presente com trepadeiras floridas se enroscando no futuro.
Sim, ela quis com a cartinha mostrar o que tanto apertava o peito seu.
O que tanto lhe tirava o sono, sua razão de ordem das coisas.
Nossa vida é como um palácio de cartas delicamente sobrepostas, de repente aparece alguém e desmonta tudo. E você, ao invés de ficar triste ou preocupado, fica serelepe feito macaco, pois vê que é bem melhor construir um castelo a quatro mãos.
Novas idéias, novas perspectivas se mostram diante de nós, nova arquitetura.
Aparecem as cores, os detalhes, os enfeites e as lantejoulas. No céu se colocam estrelas, no chão se plantam margaridas e na cozinha se faz comida boa.
O que era um magro castelos de cartas vira um jardim enorme colorido.
Ela deu a cartinha, mas deu muito mais que isso, deu a si toda, todinha.
Ela leu?
Leu sim, mas viajou para outro País tentanto compreender a arquitetura de palácios, detalhes de jardins, poesia e o sol da janela do avião.
Conseguirá tudo isso?
Talvez.

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