sexta-feira, 16 de setembro de 2016

As mãos

Foi a sua mão na minha,
apenas isso.
Ou tudo isso.
Percebi que podia andar assim, com as mãos juntas. Andar pela praia, pela ladeira, em busca do sol que ia embora. Que poderia andar pela vida.
A descoberta foi tanta que no outro dia me perdi.
No outro, também.
Depois fiquei sem saber como andar de novo. Sem a sua mão na minha.
Até que elas se encaixaram de novo.
Apenas isso.
Ou tudo isso.


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