terça-feira, 4 de novembro de 2014

Perdidos

Perdidos estamos todos.
Todas.
Descobrimos como se chega a lua e marte. Descobriu como se faz para explodir milhões como um só botão. Tecnologia, desenvolvimento, capitalismo e Hiroshima.
Vejo jatos cruzarem os céus daqui da sacada de casa, num fim de tarde melancólico.
Átomos, palavras, fissuras de reatores.
Perdidos todos estamos.
Ainda se constroem muros, grades, proteção.
Mas a fome ainda existe aos milhões.
As injustiças aos borbotões.
E cá, no íntimo mais íntimo de todas.
Todos.
A solidão das pessoas.
Ainda existem jardins.
Se joga bola ainda.
E os gatos andam por aí livres.
Construção da palavra esperança.

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