segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Bahia

Cores nas esquinas apontam para os becos.
Em cada beco, um infinito de pedras e a ideia do longe que vem.
Nas praças a música.
A batida sensual, a ginga, cores. Negro lindo e do cabelo estiloso. Negra linda que chega e não pede licença, simplesmente passa e tudo se paralisa, até mesmo a batida dos tambores. 
Elevador, cidade baixa, cidade alta, colares e janelas.
Caetaneando, Amado Jorge, cabelos com seus cachos no farol da barra.
Molhar os pés, dar rosas ao mar. Desejar.
Sentir o sol criar novas cores.
Ver as ondas levar e entregar os amores em cada pétala lançada. Em cada rosa branca, amarela e vermelha vai um pouco de magia e amor. Algumas voltam, coisas de Iemanjá. Outras somem mar a dentro para se despedaçar na ondas, espalhar pelos mares todos e, quem sabe, tocar a pele da pessoa amada.
Deitar no chão.
Dormir no chão e imaginar Pedro Bala e Boa Vida nos trapiches.
Ver a Bahia de todos os Santos e não se apaixonar é impossível.
Como não é possível viver tanto tempo sem a magia das ruas da Bahia.
Até se pode viver, mas meio que se arrastando.
Viver mesmo, no sentindo mais mágico da palavra...ah, viver assim, só mesmo depois de ver a luz bater nas águas da Bahia e as ruas tortas, íngremes e inexatas do pelô.







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