Queda, na rede do não tempo, uma pitada de tristeza.
Olhos baixos a fitar árvore de longe, o céu de inverno no fim de tarde e as folhas secas no chão, presságio de primavera.
Paira, no pensamento, um lugar a se buscar.
Se nada é divino, resta nos o silêncio.
O ar seco, a noite fria, um canto a se querer.
Se não existe certeza, que ao menos o silêncio nos diga que hoje é noite de lua.
Uma pausa de mil compassos, apenas.
Se a vida é assim mesmo tão cheias de morros escuros e desníveis, imprevisível se torna a busca pela pausa.
Incerta e imprescindível busca.
Encontro o silêncio numa esquina, nem sei se me esperava.
Tantas vezes já o encontrei.
Quedo assim, quieto e um tanto melancólico, na esquina do silêncio.
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