quarta-feira, 17 de abril de 2013

Seu corpo

é minha insanidade atual,
meu descontrole.
Com ele, minhas cores formam um quadro de Dalí
perco a linha
o carretel
e a pipa se solta no céu.
Moro no sanatório do desejo 
escorro em suor
derreto com a brasa das suas curvas 
 imaginando subir e descer por elas
suas pontas, objetivos da minha escalada
me banho nas suas veredas que escorrem e criam rios curvos com corredeiras
planalto central abaixo
Seu corpo quebra minha biruta
pifa meu painel de instrumentos
me coloca num voo cego
sinto o vento
não vejo mais nada
apenas me aninho
colo nas suas tatuagens
derreto ao toque de sua pele
seu corpo é meu desvario
e quebra meus termômetros todos
e o meu corpo, nada menos que uma fogueira de São João 
acendida por ti
sem que eu soubesse 
numa noite de lua e estrelas.





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