passou protetor,
se maquiou,
deslizou creme nos cabelos,
tomou banho de água doce e
trocou de roupa.
A maré toda parou para ver.
Por um minuto, nada de onda.
O mar parecia um lago e o vento que remexia a areia fez curva e sumiu.
O vendedor parou de gritar,
a criança de chorar e a bola de quicar.
Chacoalhou a cabeça,
pegou o lixo pelo chão e saiu.
Quando deixou a praia tudo voltou ao normal,
onda arrebentou,
criança chutou a bola,
vendedor voltou a se esgoelar.
Filha de Iansã,
dona da cor mais bela,
sorriso tão lindo quanto um jardim de Burle Marx com cascata.
E a praia nunca mais foi a mesma depois que ela borrifou água da fonte no seu rosto moreno.
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