Vejo sapatos. São vermelhos, pretos...
Calço seus pés. Nenhum deles dão conta de ameaçar a beleza que irradiam quando nus. São seus pés macios e delicados.
Prefiro eles assim, sem nada. É melhor para beijá-los, tocá-los, senti-los.
Mas, pensando bem, gosto deles com sapatos também, nos oferece um mistério a mais.
Há muitos sapatos nas vitrines, todos obedecendo a nuances da moda, ao mercado e as tendências.
Muitos.
Todos eles brigando entre si para ficarem à seus pés.
Sortudo daquele com estilo artesanal, de couro, que você escolheu.
Se despediu das vendedoras com o sorriso estampado no rosto como se naquele dia não houvesse, no mundo, alguém mais feliz que ele.
Dentro de uma caixa de papelão mal via a hora de servir, pelo resto de sua vida, àquela dona que o conquistou da vitrine, antes de mesmo de entrar na loja.
Um comentário:
Nâo tem nada a ver, mas, lembrei dessa música:
"Eu calço é 37
Meu pai me dá 36
Dói, mas no dia seguinte
Aperto meu pé outra vez
Eu aperto meu pé outra vez
Pai eu já tô crescidinho
Pague prá ver, que eu aposto
Vou escolher meu sapato
E andar do jeito que eu gosto
E andar do jeito que eu gosto
Por que cargas d'águas
Você acha que tem o direito
De afogar tudo aquilo que eu
Sinto em meu peito
Você só vai ter o respeito que quer
Na realidade
No dia em que você souber respeitar
A minha vontade
Meu pai
Meu pai
Pai já tô indo-me embora
Quero partir sem brigar
Pois eu já escolhi meu sapato
Que não vai mais me apertar
Que não vai mais me apertar
Que não vai mais me apertar
Por que cargas d'águas
Você acha que tem o direito
De afogar tudo aquilo que eu
Sinto em meu peito
Você só vai ter o respeito que quer
Na realidade
No dia em que você souber respeitar
A minha vontade
Meu pai
Meu pai
Pai já tô indo-me embora
Eu quero partir sem brigar
Já escolhi meu sapato
Que não vai mais me apertar (Êêêê)
Que não vai mais me apertar (Aaaa)
Que não vai mais me apertar (Êêêê)"
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