Existem.
São meigos, sutis, singelos e autênticos.
Trazem no peito marcas das bondades que fizeram ao longo do tempo.
Em seus dedos, a mágica do toque àqueles que mais precisam.
Nos hospitais, organizam filas, compadecem com o sofrimento alheio.
Fazem o desesperançoso sorrir e o raivoso se aquietar.
Estão por aí, fazendo o sol tornar a entrada da noite mais amena, com entardeceres fantásticos.
Anjos vão até ti onde estiveres...No meio do quase nada absoluto é possível vê-los, senti-los.
No frio, te aquecem como fogão à lenha em casas de humildes homens do campo.
Na estrada, viram montanhas, flores, tulipas...
Na água, o reflexo de sol teimoso em encerrar o expediente do dia.
No céu, viram estrelas que ao piscarmos caem como fogos de artifício.
No convento, são muleques travessos que rompem o silêncio com bolas de gude ao chão atiradas.
Sempre desconfiei, agora não mais, que carrinhos de algodão doce são feitos por anjos.
Basta olhar nos olhos de um criança quando se deparam com um.
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