Eu queria tocar viola caipira para você.
Dedilhar uma moda que falasse de caçadas, de bois, terreiros de sítios, da vida na roça.
Que te inpirasse a continuar sorrindo, contando façanhas de tempos idos, estimulando minha imaginação de criança.
Que fizesse você me fazer cócegas, assar um churrasco, jogar um truco.
Negro forte, homem sério, trabalhador, instropectivo e simples.
Saudades de ti Seu Milton.
Ontem, chorei muito sua ida.
Lembrei de como era bom comer na sua panela da obra.
Como eu ficava feliz com sua chegada do trabalho, de uniforme bege, botas e com o semblante do dever cumprido.
Lembro quando íamos para a fazenda e em como você ficava feliz em sair para caçar. Eu doido para ir contigo. Não via a hora de você chegar para contar das aventuras.
A pinguinha, a pimenta, a farofa a pescaria.
Levo de você um pouco de tudo isso.
Sinto por não ter estado mais próximo de ti esses tempos.
Hoje, lembrando de você vejo que, embora distante, trago seus trejeitos bem comigo.
Muitos dos meus hábitos hoje, eram seus e, cada vez que involuntariamente me pego a observar um deles, sorrio silencioso.
Antes mesmo de você ir embora, lembrei de você dizendo: "pelejei, pelejei".
E na sua partida, vejo que a vida é um eterno pelejar.
E você meu Vô, pelejou como ninguém.
Um beijo do seu Neto, ou como você carinhosamente me chamava... do seu Pedro Bó.
Um comentário:
Lindo e emocionante Pá !!!
Bjos da sua priminha Paola.
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