terça-feira, 15 de abril de 2008

Escrever sem dor...

Escrever, sem dor, para mim não é tarefa fácil.
Talvez porque tenha me acostumado a pegar a caneta quando tinha drama próprio ou alheio para relatar, uma coisa que me comovesse, me tocasse ou indignasse.
Agora, não sei como, meus dramas estão com as reservas secando, os alheios, infelizmente, ainda continuam por aí, soltos em pontos de ônibus, notícias apelativas de jornais...
Perdi a mão?
Esqueci a receita? Preciso inventar um?
Não sei, tenho a impressão que com drama real é muito melhor para a caneta deslanchar.
Me peguntam o porque de não escrever mais, não sei responder.
Há momentos em que estamos meio assim, sei lá, entende?
É frieza, da mais rudimentar?
Não, é que o drama também cansa, umas pessoas cansam mais rápido, outras adoram conviver com ele grudados na cacunda.
Acredito que quando você traça uns planos e as coisas vão acontecendo...Você vai vendo que está certo, que caminha e que as coisas acontecem...Isso retira um pouco a carga de drama dentro de nós.
Eu sempre busquei um pouco mais de auto-estima, a minha já esteve nas alturas e já chegou ao chão também, hoje ela se equilibrou, então nada de arroubos desajustados, viagens e excentricidades.
Escrever sem dor é um tanto complicado e menos fácil, mas nada que não dê para ser trabalhado, acho eu.

2 comentários:

Paloma Gomes disse...

Entendo perfeitamente.

ADRIANO FACIOLI disse...

por isso que eu parei de escrever poesia: um monte de dor e zero de leitor...