sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Encontro

Me encontro contigo no silêncio que de propósito nos foi reservado.
Nem o som estalado de nossas salivas dão conta de mitigá-lo.
Mesma coisa vale para nossas respirações.
Ele é maior que nós dois.
Nós e ele valsamos delicadamente pelo salão.
Não há por ali confetes, nem espumas.
Só rastros de uma noite barulhenta.
O carnaval se foi, sobra o silêncio e nossa carne.
Saboreio-te e você me engole sem respirar.
Ambos preferimos mal passada.
Salão, com tesão, combina.
Em sua orelha falo bem baixinho.
Você quase não me escuta.
Você quase não se lembra mais do silêncio.
Rompeu-o sem cerimônia como se estivesse num abre alas da Portela.
Cuide da harmonia que eu me encarrego da bateria.

Um comentário:

DIZDIZENDO disse...

Q lindo!!
Q indecente!!!!
Gostei.