quarta-feira, 16 de julho de 2008

Uma canção

Preciso de uma canção que me faça desafogar. Soltar.
Que me dê um tiquinho assim de ar.
Que permita me orientar.
Me sinto numa ilha, os correios em greve e não há telefones nessa cidade.
Procuro pelas ruas alguém que dela vá embora para ser meu mensageiro, só que ninguém vai.
É uma redoma.
Sonho contigo, assim rompo as barreiras, mas logo acordo.
Não quero acordar mais, só que seu não acordar o dia não vem e o tempo não passa.
Dilema o meu.
Acordar ou não acordar, imito Hamlet, viram?
Penso, logo você existe.
Voltando a minha dúvida, o dia amanhece.
Vejo o sol, está frio, bem frio e seco.
Procuro a constelação de escorpião que você me mostrou, só que desatento não guardei.
Desisto, deixa a constelação para lá, já tenho o dilema maior. Ah, como sou tolo, se o dia amanheceu, não há mais constelações. Falei que estou meio desorientado.
Nisso o tempo passa e eu sorrio.
Porque ele passa.

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