Acordei decidido a enfrentar a rejeição...

Não sei porque, mas hoje despertei querendo enfrentá-la de peito aberto.
Como primeiro teste entrei num elevador cheio para ele apitar, quando ia sair enfrentado os olhares de reprovação dos que lá estavam, uma senhora muito educada, falou:
- gente, vou pelas escadas, preciso de exercícios.
Putz, primeira tentativa frustrada.
No ponto, parei o ônibus sabendo que ele não passava pela esplanada, perguntei: passa pela esplanada? Sabem o que recebi como resposta?
- esse passa do lado, se você não quiser andar um pouquinho, pegue o 221 que te deixa lá.
Fiquei sem graça e entrei naquele mesmo.
O teste da cadeira... esse, pensei comigo, é infalível.
Sentei onde sobrava um lugar ao lado.
Quando a morena mais bonita entrou, eu me ofereci: sente aqui.
- Ah, obrigado.
E sentou! Que raiva!
Já sei, vou cantá-la: você pega sempre esse ônibus?
- não sou daqui, tô visitando uma prima e você, mora aqui em Brasília?
M-o-o-o-o-ro, lógico que gaguejei né. Ainda mais quando ela perguntou meu nome.
Pedi o telefone como derradeira tentativa, acredita que ela deu?!
Descrente já, resolvi puxar a cordinha depois do meu ponto só para tomar um corte do motorista tendo que andar um bocado, ele parou no meio da pista para que eu pudesse descer!!
Pedi aumento, recebi!
Tentei de tudo...
Esse era um dia em que eu não deveria ter saído de casa.